Leia-me antes de passar à diante. =D

--> --> --> Caro leitor, este blog existe desde 2007 e tem muitos textos de diferentes etapas da minha vida. Muitos tem um fundo meio melancólico mas não os quis apagar. Aproveite e dê a sua opinião ao fim. Obrigado pela visita. (o autor) <-- <-- <--


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Shadow


Nas sombras nos enroscamos
Nos detemos e nos prostramos
O vento gelado e leve
O clima que amamos
O odor das plantas noturnas
Nossas almas em obscuras urnas
E as plumas, as brumas
Das alegorias, somente a percepção de algumas

Seu desejo, sua pulsão, o palpitar do coração
Seu amante, seu irmão, seu reflexo e seu facão

Na luta dos corpos ocultos nas sombras
Nossos sonhos se misturam e o mistério está no ar
O que quero que descubras
Escondido em meu olhar
E nas curvas a volúpia
À luz do luar
Encobertos pelas sombras
Simplesmente o deslizar

Arrepios e suspiros
A coruja grita e a os corvos cantam
A melodia da noite e dos estalos noturnos que se espalham como vírus
Tudo junto com nossos sorrisos, antes inocentes, hoje maliciosos
Como as escrituras de tabernas tatuadas em papiros
Nossos segredos que a integridade  ameaçam
Nossas letras que compõe uma só canção
Nossa reparação e satisfação.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

All star vermelho


A vida gira e quando paro pra pensar estou aqui:
No mesmo ponto cuja partida se deu várias vezes.
O mundo corre e vinte e quatro horas não são mais um dia,
São apenas segundos que mau uso.
O sono é sempre a melhor proteção, abuso.
E no curso da imensa aprendizagem desfruto do alívio dos recalques
Sim... Meus sonhos são sempre profundos.
Carregam-me para um mundo alternativo, no fundo:
Das emoções, sem corações, sentimentos ou argumentos
São apenas vivências que não mais passam de ilusões
Contudo, diferentes do que vivemos diariamente:
Estas ilusões terminam ao alvorecer.
A ciência não me explica,
A réplica das relações humanas que tenho.
O ceticismo que tanto valorizei hoje dá lugar
A um andarilho de “all star” vermelho.
Velho.
Quero apenas não pensar no futuro de um passado que nem ao menos entendi.
Meus livros de filosofia estão molhados pela angústia de um desejo mais profundo.
As páginas obscuras da evolução do pensamento me indicam o caminho oposto.
É... Meus caminhos estão trocados.
Hà poucos anos foram encurralados, castrados e adestrados.
Hoje não mais sei aonde ir.
De repente não é pra esquerda,
Para direita, para trás...
Também não ando mais pra frente.
A distância? Tanto faz!
O caminho é íngreme, uma subida constante.
Sou formiga com passos de elefante.
Os obstáculos se foram com as rimas...
São bem semelhantes por sinal: ora os amo ora os odeio.
O mais importante é que esqueço e os freio por que sei que nenhum dos dois importa!
Tudo o que vale é a velha, pura e mesma forma de ver as coisas...
A forma que aprendi e guardei.
Que recalquei e sonhei.
Esse caminho que busco, eu já andei...
“E agora, José?”
Tudo que clamei, eu já conquistei!?