Leia-me antes de passar à diante. =D

--> --> --> Caro leitor, este blog existe desde 2007 e tem muitos textos de diferentes etapas da minha vida. Muitos tem um fundo meio melancólico mas não os quis apagar. Aproveite e dê a sua opinião ao fim. Obrigado pela visita. (o autor) <-- <-- <--


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Mais uma forma de dizer.


E ao ver a angústia de Miro, Saluh decide contar-lhe a sua história. Talvez suas experiências pudessem ajudá-lo. Talvez corrompê-lo iria... Contudo, chegara à hora da verdade ser anunciada a mais um desprovido de sorte ou simpatia do destino.

- Procurei uma forma de me esconder. Não mostrar minha face. Não falar meus pensamentos. Conduzi-me por um caminho belo, porém meus olhos não podiam vislumbrá-lo. Minha mente fechada e conflituosa. Tomei decisões erradas e o precipício de minha fronte se aproximava. O escuro guardava um segredo. Se meus olhos falassem... Se meus sentidos se expressassem... Se meu coração se deixasse levar pela intensa emoção a qual me submetia de tempos em tempos através das lembranças... Sim, as lembranças. O erro cometido e a vitória uma vez conquistada. Puro delírio de uma mente desvairada. O crime que dava prazer e que satisfazia, escondi com medo da penalidade. Não penses tu, caro aprendiz, que foi apenas um conflito adolescente. Pois não foi. Mas esse é um erro comum e, assim como eu, o escondem até de si mesmos. Pior que o julgo de outrem é o “auto-julgo”.

- E então, mestre Saluh... O que fez?

- Decidi viver! Se eu for julgado e condenado, de nada me arrependerei. Sou culpado e calado não mais ficarei. Além dos crimes que cometi, também outros criei. É como um vício que não largo por querer continuá-lo. Digo e repito a quem quiser ouvir que viverei!

- Também quero viver. Sei que sou jovem para decidir, pequeno de mais para me impor. Sei que sou um mero aprendiz que o mundo ainda não conheceu. Sei de muitas coisas que me limitariam, mas mesmo assim quero viver.

- Quem me dera tivesse tal maturidade com tão pouca idade. Digo-lhe apenas algumas coisas antes de encerrar nosso diálogo: O mais importante, antes mesmo de seres quem és é saberes o quê quer. Não ligue para conceitos formados, pré-fabricados e, durante anos, manipulados. De nada servem se visão não tiveres. Veja no escuro, no oculto, na vastidão da sua mente o que sente independente do que vier a ocorrer. Viver na sobra de um ideal alheio e como não viver. Se tu queres viver de verdade, lutes pelos próprios ideais, mesmo que pra isso tenhas que morrer.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Comentário de súbito!


Gosto de Você

Gosto de você... gosto de você quando você se solta. Gosto de você quando você se mostra.
Gosto de você quando brinca e quando você diz que também gosta!
Gosto de você quando você fala e gosto de não gostar quando você se cala.
Gosto das suas brincadeiras e besteiras...
Do silencio? Gosto do silêncio acompanhado de um beijo! silêncio por silêncio, só me resta o que vejo: suas caretas, seu sorriso, seu jeito bobo...
Gosto e preciso!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Punhado de amor


Pedi ao simpático atendente da padaria Cook’s Hivver:
- Dê-me um punhado de “amor”!
- Pra se consumir aqui ou pra levar pra viagem?
- Para viajar, sonhar, namorar, trocar carícias...
- Sabe que esse tipo de amor custa caro?
- Sei. O preço para obter esse amor, que tanto sonhei, é muito alto. Contudo minhas entranhas já clamam com ansiedade. Sinto-me pronto para alcançá-lo e decidi abrir as portas do meu coração.
- Nesse caso, leve também “precaução” e quem sabe um pouco de “cautela”.
- Não, obrigado! Não quero mais consumir o amor e sim deixar que ele me consuma com todo o fervor que houver. Tive cautela de sobra, muitas precauções... Hoje quero o puro e essencial amor.
- Amor puro pode causar problemas de saúde...
- Falta de amor causa carência, angústia, solidão... Isso sim é que é doença. O amor causa aceleração do coração, volúpia nos membros inferiores, suspiros, sorrisos sem motivo aparente... Se isso é um problema de saúde, mate-me. Mate-me de amor.
Ele entregou-me uma grande quantidade de amor, com um sorriso nos lábios, e disse:
- Não precisa pagar... Amor não tem preço!
- Tens minha gratidão eterna!
- Serás consumido sozinho por todo esse amor?
- Amor para um homem só não é amor, é ilusão...
- Bom saber!
Fiquei em silêncio e completei a linha de raciocínio:
-... O guardarei até a oportunidade de partilhá-lo.
- Senhor... Acaba de ganhar um brinde.
- E o que seria esse brinde, padeiro irmão!
- Nada de muito valor físico ou tomado de paixão. Nada com muito ardor, contudo com muito valor. Leve agora contigo um pedaço do meu coração!