É fato que se busca incessantemente a verdade, caso contrário as várias ciências não existiriam ou seriam meras manifestações religiosas sem cunho empírico. Passamos muito tempo em busca do “Segredo” ou da fórmula das coisas, mas esquecemos da nossa própria essência. Se tudo que temos precisa ser provado com bases científicas para ser encarado como real e estas bases são criadas pelo próprio ser humano, como dizer que isto é padrão para descobrir verdades? Acredito que muitas vezes somos empurrados para uma mentira científica e nos desviamos do que seria real de fato.
A “verdade” muitas vezes é o que queremos ver. Podemos olhar para um inseto, não venenoso, e, pavorosos, pensarmos: “Este monstro irá me matar!”. Mas isso não o tornará um monstro verdadeiramente, mas nos parecerá um monstro naquele momento. Ainda há quem desenvolva as próprias “verdades” ignorando o que se há para aprender. Ignorância por opção, assim defino esse ato. Mas também o ato de defender uma determinada ciência de forma bitolada e fanática também é uma forma de ignorância.
Acredito que o Saber é algo que precisa ser cultivado, como os grãos. Caso contrário apodrecerá e de nada servirá. Para que cultivemos o conhecimento temos que estar abertos às informações, que seriam os nutrientes. Se colocarmos uma semente num vaso pequeno e dessa semente começar a brotar uma árvore, chegará o momento em que, o pequeno vaso, não mais servirá e o pouco de terra não mais atenderá às necessidades da semente. Assim é o conhecimento: chega um momento em que é necessário deixar o pequeno vaso mental e abrir a consciência para algo maior e mais esplendoroso.
Não há verdades nem mentiras, há apenas formas de enxergar as coisas. Claro que não descarto os atos mal intencionados de outrem que, por meio de inverdades, busca convencer alguém de que algo inexistente de fato existe. Contudo não é essa a questão aqui abordada. Falo de algo além do comportamento humano de obter vantagens uns nos outros. Falo a respeito da vida. Também não falo de conhecimentos tão só acadêmicos, mas os que nos levam à evolução num todo. Para chegarmos cada vez mais perto da verdade é necessário se ter humildade para descobrir que o que sabemos pode parecer muito, entretanto ainda é nada perto da imensidão do Conhecimento.
